terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Projeto de Atuação

Projeto de Atuação

Definição do Tema
A disciplina de Didática do Ensino Fundamental A propõe a realização desse estágio nos 1º ou 2º anos do Ensino Fundamental, estudar os elementos da didática para as classes de alfabetização, a elaboração de projeto de trabalho e a elaboração de recursos didáticos para os anos iniciais do Ensino Fundamental. Através de todos esses pontos, é possível que o estudante de Pedagogia amplie sua visão quanto às práticas didático-pedagógicas mais coesos com a realidade educacional através da observação a ser realizada no estágio proposto, mas principalmente através da montagem e prática do projeto de atuação, proposto por aqui.
É importante que o estudante do curso de pedagogia tenha entendido a proposta do governo de aumentar o ensino fundamental de oito para nove anos, para que possa realizar o estágio nos anos iniciais do ensino fundamental complementando sua formação. Segundo Garrido e Lima (2010), o estágio deve ser a relação do que é vista na teoria com o que é visto na prática. Pensando nisso, o presente estágio, vinculado a disciplina de Didática do Ensino Fundamental A, está sendo realizado em uma turma do 2º ano do Ensino Fundamental, alunos entre 7 e 8 anos de idade. São 18 crianças na turma, sendo 7 meninas e 11 meninos. Considerado que o estágio é de extrema importância para a formação do pedagogo, pois é nesse momento do curso de Pedagogia que o estudante tem a oportunidade de estar em sala de aula, de estar em contato com sua área de atuação e de atuar.
Em comum acordo com a Prô Paula, professora responsável pela sala, escolhemos o trabalho com o tema “A origem do universo”, pois através de um trabalho realizado em sala de aula a respeito do fuso horário, percebemos que os alunos demonstraram muito interesse nas questões a respeito dos planetas, da lua e da própria terra. Para que elas entendam melhor essas questões e até a revisão do fuso horário, resolvemos trabalhar essa temática.
Alfabetizar é, segundo Cagliari (1998), ensinar alguém a decifrar a escrita. E o ato de escrever é a consequência desse processo. Para trabalhar o tema aqui proposto, trarei para a turma um texto de tema “Buraco negro” para uma maior compreensão do assunto pelas das crianças. Para Cagliari (1998), “correto é uma leitura na qual o leitor decifra o que está escrito, se apropria das idéias que descobriu no texto, elabora todos esses conhecimentos como se fossem seus”. Proponho nesse projeto, que as crianças façam uma síntese da leitura realizada individualmente e coletivamente, realizando marcações das principais ideias, para que assim consigam uma maior apropriação do proposto no texto, e traduzir através de sua própria fala o que interpretou.
Para finalizar, o tema “A origem do universo” através de uma produção de texto coletiva, para registro do aprendizado e como uma forma de avaliação, onde eles colocarão tudo o que compreenderam sobre o assunto, como forma de tradução da oralidade. Segundo Zorzi (...), “a escrita traduz a oralidade como se fossem uma mesma língua”, entendendo que não somente se escreve é o correto, mas o que as crianças dizem é tão importante quanto. A avaliação não deve ser apenas através de notas e conceitos para a promoção. O julgamento entre o que os alunos fazem para aprender e o que o professor faz para ensinar deve ser a contemplação da avaliação. Dessa forma, o ensino e a aprendizagem poderão acontecer da melhor forma possível.

Objetivos
O objetivo geral deste projeto é:
• Apresentar a origem do universo segundo a visão científica e proporcionar aos alunos maior “compreensão” sobre o nosso sistema solar a partir de trabalhos com textos e produção de texto, trabalhando assim também a alfabetização.

Os objetivos específicos pretendidos são:
• Proporcionar o conhecimento da existências de diversas crenças em relação à origem do universo.
• Conhecer algumas curiosidades sobre os planetas, estrelas, galáxias e buraco negro, com leitura e interpretação de texto para trabalho ligado à alfabetização.
• Retomar o funcionamento do sistema de rotação e translação da terra para melhor compreensão do fuso horário.
• Discutir a ocorrência de eclipses solares e lunares.
• Realizar coletivamente uma produção de texto para registro das discussões em roda, maior compreensão do tema estudado e como forma de avaliação.

Conteúdo:
• A origem do universo: diversas crenças, versão científica, planetas, estrelas, galáxias, buraco negro, eclipses, leitura, interpretação e produção de texto.
Pretendo a partir dos objetivos propostos, trabalhar com as crianças o tema “A origem do universo”, não deixando de explicitar a visão sob diversas crenças sobre esse tema.
A partir desse “tema geral”, pretendemos apresentar algumas curiosidades sobre os planetas, estrelas, galáxias, buraco negro, etc. Recapitular o conteúdo sobre rotação e translação da terra, visando um melhor entendimento do fuso horário. Incluímos também trabalhar a questão dos eclipses proporcionados pelo sol, lua e terra, como curiosidade a ser discutida.
Trabalharemos a leitura e interpretação de um texto sobre o “buraco negro”. Alem de uma produção de texto realizada no fim do projeto de atuação.

Metodologia
1º dia → Para iniciar o trabalho proposto, decidimos passar para as crianças um vídeo introdutório a respeito do tema de nome “Poeira das estrelas” (série transmitida pelo programa Fantástico da TV Globo), com intervenção e direcionamento para questionamentos sobre a origem do universo, o que cada um entende sobre esse tema e existência de diversas crenças a respeito do mesmo. Essa exposição do vídeo e conversa com os alunos prevê um tempo de 1 hora/aula.
2º dia → Num próximo momento pretendo relembrar com eles a conversa realizada na última aula e explicitar os planetas existentes, a existência das estrelas, galáxias e do buraco negro, expondo fotos e trabalhando com a leitura e interpretação de um texto explicativo. Através dessa leitura e interpretação, pediremos que os alunos façam uma síntese oral sobre o que entenderam do texto, para uma maior trabalho com a alfabetização. Pediremos, como tarefa de casa, uma pesquisa sobre curiosidades a respeito do tema trabalhado. Trabalho a ser realizado em 2 horas/aula.
3º dia → No terceiro momento apresentar em roda as pesquisas que os alunos trouxeram de casa e discutir. Logo apos expor curiosidades sobre os eclipses (solar e lunar). Para isso pretendemos apresentar um vídeo lúdico para maior compreensão do fato estudado. Duração de 1 hora/aula.
4º dia → Relembrar junto aos alunos a questão do fuso horário, perguntando como eles acreditam que funciona e o porque da existência do mesmo, relembro que as crianças já tiveram esse conteúdo com a professora responsável pela sala. Para uma compreensão melhor, montaremos uma dramatização sobre o fuso horário em grupos com os alunos. Tempo proposto de 2 horas/aula.
5º dia → Trabalhar a alfabetização a partir de uma produção de texto confeccionado coletivamente, onde eu colocarei na lousa o que a classe diz sobre o tema trabalhado. Realização em 2 horas/aula.

Recursos a serem utilizados
Os recursos a serem utilizados nesse plano de atuação são:
- Data-show ou lousa digital.
- Lousa e giz.
- Linguagem oral.
- Texto.

Avaliação
Pretendemos utilizar como avaliação as conversas realizadas em sala de aula durante o trabalho com o tema.
Utilizaremos também como outra forma de avaliação a produção de texto produzida coletivamente pelos alunos em sala de aula, na última aula proposta nesse projeto de atuação.
Como avaliação da atuação do aluno estagiário, conversarei com a professora responsável pela sala sobre o processo que se deu as aulas sobre o tema e qual sua visão do trabalho proposto e do trabalho desenvolvido.
Outra forma de avaliação do trabalho desenvolvido pelo estagiário, será o retorno dado pelos alunos através das conversas de roda e produção do texto coletivo.

Referências bibliográficas
- CAGLIARI, Luis Carlos. Alfabetizando sem o ba-bé-bi-bo-bu. São Paulo: Ed. Scipioni, 1998.
- Buraco negro. Disponível em: . Acesso em: 5 de Junho de 2011.
- GARRIDO, Selma Pimenta, LIMA, Maria Socorro Lacena. Estágio diferentes concepções. Estágio e Docência. 5ª edição. São Paulo: Cortez, 2010.
- TV Globo. Disponível em: Acesso em: 26 de Maio de 2011.













Anexos
Texto sobre “buraco negro”:

BURACO NEGRO
Buraco Negro é uma "coisa"
que de negro tem tudo,
mas de buraco não tem nada.
Prof. Renato Las Casas (13/12/99)
Buraco Negro é uma região do espaço onde o campo gravitacional é tão forte que nada sai dessa região, nem a luz; daí vermos negro naquela região. Matéria (massa) é que "produz" campo gravitacional a sua volta. Um campo gravitacional forte o suficiente para impedir que a luz escape pode ser produzido, teoricamente, por grandes quantidades de matéria ou matéria em altíssimas densidades.
Uma vez que nada sai de um buraco negro, nada de um buraco negro chega até nós. Resta-nos então observá-lo indiretamente, através de sua ação sobre sua vizinhança. "Vemos" um buraco negro observando "coisas" que o rodeiam sob a ação do seu campo gravitacional ou então que "caem" em sua direção, também sob a ação desse mesmo campo gravitacional.
A velocidade com que a matéria, a uma determinada distância de um corpo, o orbita, é proporcional à gravidade desse corpo. Mesmo sem vermos o corpo central podemos saber qual a sua massa se virmos e medirmos a velocidade de nuvens de gás e poeira que o orbitam, por exemplo.
Uma outra situação: se sob a ação da gravidade do corpo central, matéria "cai" em direção a ele, esse material enquanto vai "caindo" vai se comprimindo; por se comprimir vai se esquentando, e quanto mais quente fica, mais irradia... Também nesse caso, se medimos essa radiação, obtemos informações sobre o corpo central.
Vale a pena lembrar que muitos astrônomos e físicos acreditam na existência de mini buracos negros que teriam sua origem nos primórdios do universo.
Alguns procuram explicar a explosão que ocorreu sobre o rio Tunguska na Sibéria em 1908 e destruiu mais de 2.150 quilômetros quadrados de densa floresta, à colisão de um desses mini buracos negros com a Terra.

















Dramatização:
Pedir para que os alunos formem grupos de 6 pessoas e escolham quem representará os continentes Americano, Europeu, Asiático, Africano, Oceânico e o Sol.
De acordo com os estudos realizados, pediremos para que o aluno representante do sol se posicione no centro e que os alunos representantes dos continentes fiquem em volta nessa ordem: primeiro a América, depois a Europa, África, Ásia e por último a Oceania, formando um circulo em torno do sol.
A intenção é que percebam no concreto que os raios solares chegam primeiro em um lugar e depois em outro, por isso trabalha-se com o fuso-horário e por isso enquanto é dia no Brasil é noite no Japão.

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